Regência Verbal x Concordância Verbal: qual a diferença? - Aprender Português

A língua portuguesa é considerada um idioma complexo por causa da grande quantidade de regras existentes. Dentre essas regras, estão a regência verbal e a concordância verbal. Neste post, explicaremos didaticamente a diferença entre elas.

Aprender Português pode ser fácil, continue lendo e verá isso! 

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Regência Verbal.

Regência é o ato de reger, que por sua vez significa governar, reinar, exercer a função de rei, regente, governador, chefe, administrador.

Para memorizar isto, basta que você se lembre de uma orquestra ou de um concerto, em que o maestro é quem rege (comanda todos os instrumentos musicais).

Neste mesmo sentido, podemos concluir que Regência Verbal é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus complementos. O verbo “governa” os seus complementos. 

Em outras palavras, o verbo somente aceita as palavras que ele quer. O verbo é o chefe! Ele é o maestro que rege a orquestra.

Se um verbo não exigir complemento, então ele é chamado de verbo intransitivo.

Caso ele exija um complemento acompanhado de uma preposição, ele é chamado de verbo transitivo indireto.

Mas se esse complemento não vier acompanhado de preposição, o verbo é chamado de transitivo direto.

Verbo intransitivo.

Vejamos um exemplo:

Note que a frase não precisa de complementos. Podemos entender claramente o sentido dela.

A principal característica dos verbos intransitivos é que eles dispensam qualquer complemento verbal.

Verbo transitivo indireto.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento.

Observe a seguinte frase:

  • Maria gosta de aprender português.

Veja que o verbo da frase é gostar. Após o verbo, aparece a preposição “de“.

Quem gosta, gosta de algo ou de alguma coisa.

Por isso, podemos concluir que a regência verbal do verbo gostar exige a preposição “de“.

Vejamos agora o verbo acreditar.

Quem acredita, acredita em algo ou em alguém. Então, podemos concluir que a regência do verbo acreditar exige a preposição “em“. 

Em análise mais detalhada, podemos afirmar que o verbo gostar e o verbo acreditar são transitivos indiretos (pois exigem preposição). As expressões “de aprender português” e “em Deus são os objetos indiretos (complementos dos verbos transitivos indiretos: gostar e acreditar).

Verbo transitivo direto.

Verbo transitivo direto é aquele que não exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento. Vejamos um exemplo:

Note que não há nenhuma palavra entre “comprou” e “frutas”. O verbo comprar é transitivo direito. Quem compra, compra alguma coisa.

Concordância Verbal.

Acabamos de ver que a regência verbal é a relação de subordinação em que o verbo é quem manda.

Agora veremos que a concordância verbal é a relação em que o verbo obedece!

Lembre-se do ditado:

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Desta forma, o verbo deve concordar com o sujeito da oração, de acordo com a pessoa (eu, tu ele, nós, vós, eles) e/ou com o número (singular ou plural).

Por exemplo…

  • O aluno aprende português.

O sujeito é o aluno, que está no singular. Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular -> aprende.

Agora observe…

  • Os alunos aprendem português.

O sujeito são os alunos (no plural). Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do plural -> aprendem.

Resumindo…

Regência verbal -> o verbo “manda”.

Concordância verbal -> o verbo “obedece”.

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